O que queremos com esse debate: A repressão de gênero, é tão naturalizada em nossa sociedade que uma das frases mais clássicas para acalentar alguém que é vítima de machismo é “Ah, sempre foi assim!”. De fato viemos de uma caminhada histórica onde a sociedade patriarcal reproduz e legitima a hegemonia do homem sobre a mulher, mas por isso acontecer “desde sempre” não significa que deva continuar. Como colocado acima tal fato é histórico e corresponde a um contexto social, que hoje bastante modificado apresenta não só a possibilidade da crítica ao machismo como também permite rumarmos para sua superação.
O primeiro passo, para isso é justamente a sua desnaturalização o que caminha junto ao desvelamento do contexto de como, por exemplo, as mulheres foram aceitas e absorvidas pelo mercado de trabalho.
Portanto, a intenção do debate é propor tanto a comunidade acadêmica como a sociedade em geral uma reflexão mais intensa e profunda sobre a atual situação da mulher em nossa sociedade, como todos, ainda, independentes de gênero, sofremos e reproduzimos o machismo.
Qual a importância do debate: É discutir e mostrar como o machismo ainda está presente em nossa sociedade e que a luta não acabou. Que ainda temos muito que conquistar para a emancipação da mulher existir de fato. Que cargos políticos não garantem nossa dignidade e nem a nossos direitos. Mostrar que o machismo está em todos os espaços seja na Universidade, nas escolas, nos locais de trabalho, nas praças, nas construções e até mesmo na política. O machismo continua e com toda a sua força. O exemplo disso é na própria internet, em que agora, na contemporaneidade, a reprodução e os ataques machistas são constantes nas redes sociais.
Por tanto convidamos toda a comunidade acadêmica e a sociedade em geral para participar do debate trazendo também suas experiências diárias de como sofrem com a repressão e o preconceito.