sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ASSEMBLÉIA ESTUDANTIL DECIDE APOIO À GREVE DOS AGENTES UNIVERSITÁRIOS DA UNIOESTE

Na noite de 13 de setembro de 2012, mais de 200 pessoas participaram da Assembléia Geral dos Estudantes da Unioeste/Toledo. Eram discentes e servidores técnico-administrativos que iriam discutir o único ponto de pauta: a greve. 

No local havia ampla circulação de pessoas, principalmente devido ao fato de haverem dúvidas quanto ao procedimento da greve e se haveria aulas ou não. Até caixas de som foram colocadas fora do auditório para expandir as discussões.


Durante as falas e esclarecimentos do  Comando Local de Greve, ficou claro que a intenção do Governo é realmente a precarização das universidades, sendo que o mesmo anunciou em tom de ameaça que não irá negociar as reivindicações dos agentes universitários. É nítido o caráter neoliberal do governo Beto Richa, que se apresenta para ser mais decadente do que o governo Jaime Lerner. O Estado otimiza o investimento das áreas sociais, como a educação, por exemplo, e maximiza a margem de lucro dos investidores privados na esfera pública.

A SITUAÇÃO DOS SERVIDORES 
Foi apresentado um panorama rápido sobre a situação dos servidores. Não há contratação desde 2002. O que antes havia um número insuficiente de trabalhadores, com falecimentos, adoecimentos e aposentadorias, hoje se torna insustentável a realização das atividades funcionais, pois não houve a reposição dos que saíram. Sem contar que de 2008 para cá a Unioeste/Campus de Toledo cresceu em termos de estrutura física mais de 70%, sem aumentar em nada o número de funcionários. Além disso, não há possibilidade de avanços na carreira. Segundo dados da Direção de Campus, somente na unidade de Toledo faltam mais de 100 servidores para que a universidade conte com um funcionalismo de qualidade, assim como na prestação de seus serviços. Falta a realização de concursos públicos. Está ocorrendo a terceirização dos serviços.

O APOIO À GREVE
No final, foi aprovado por ampla maioria o apoio à greve dos servidores técnico-administrativos. Os estudantes compreendem a universidade como um conjunto de segmentos, em que não é possível haver o seu funcionamento com a falta ou mesmo com a deficiência de algum deles. Ficou encaminhado também que os estudantes convocarão os docentes para paralisarem as aulas, de modo a fortalecer a luta e buscar um desfecho mais rápido da greve.Foi aprovado também a realização de manifestações no início das aulas e a publicação de uma carta de repúdio às ações do governo.

Além disso, ficou entendido o interesse de construção de uma pauta conjunta de lutas, em que os agentes universitários viriam a fortalecer a luta pelo Restaurante Universitário - pauta da qual a Reitoria da Unioeste só tem agido com descaso e desrespeito em relação aos estudantes.

Houve o entendimento da necessidade da radicalização da greve, pois a luta deve se intensificar. 


ASSEMBLÉIA ESTUDANTIL EM CASCAVEL
Ao mesmo tempo ocorria a Assembléia Geral dos Estudantes da Unioeste de Cascavel. Lá, por decisão unânime dos acadêmicos presentes, foi deliberada a posição favorável da suspensão do calendário acadêmico, item incluso na pauta da próxima reunião do Conselho Universitário, que será realizada no dia 20/09/2012.